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19 março 2012

O Jejum

Um Jovem perguntou: "Nós, como cristãos, estamos perdendo muitas das bênçãos de Deus por não jejuar? Eu entendo que o jejum não é um mandamento, mas nossa vida de oração não seria melhor e mais agradável a Deus se jejuássemos?". Em resposta, diríamos, em primeiro lugar, que não estamos convencidos que o jejum não seja um mandamento no Novo Testamento. O jejum é mencionado aproximadamente 30 vezes no Novo Testamento e não há nenhuma passagem que sequer sugira que o jejum não é mais ordenado ou requerido por Deus, ou que o jejum seja algo tão sem importância que pode ser negligenciado pelos cristãos. Há várias passagens nas quais, de uma maneira ou de outra, fica claro que o jejum é requerido no Novo Testamento bem como no Antigo Testamento, sendo a única diferença o fato que não há promulgações de dias de jejum no Novo Testamento. Jesus, no Sermão do Monte, tomou como certo que seu povo jejua (Mt. 6:16-18) quando apresentou regras para o jejum. E, ao colocar o jejum ao lado da oração na mesma passagem, ele enfatizou sua importância. Em Mateus 17:21, ele até mesmo ordena o jejum quando nos assegura que ele é uma arma necessária na luta contra Satanás (cf. também Mc. 9:29). Da mesma forma, em 1 Coríntios 7:5, o Apóstolo Paulo assume que os maridos e esposas jejuam, algo tão importante que é a única coisa, além da oração, que pode interferir nas relações sexuais. Apoiando esses mandamentos, temos no Novo Testamento os exemplos do próprio Jesus (Mt. 4:2), dos apóstolos (At. 14:23; 2Co. 6:5; 11:27), da igreja (At. 13:2,3) e de crentes em geral (Lc. 2:37). Além do mais, é claro a partir do Novo Testamento que o jejum é importante não somente como um exercício na piedade individual (Mt. 6:16-18; Lc. 2:37; 1Co. 7:5), mas também na tarefa da igreja (At. 13:2-3, 14:23). O livro de Atos indica que o jejum tem um papel importante na ordenação de presbíteros, diáconos e pastores na igreja. Há tipos diferentes de jejuns mencionados na Escritura. Há jejuns públicos e privados, como vimos. Há jejuns totais e parciais (Ed. 10:6; Dn. 10:2,3): jejuns de pão e água bem como jejuns nos quais a pessoa se abstém completamente de comida. Mas é claro que a Escritura promove o jejum. Portanto, o fato da Escritura estabelecer certas regras para o jejum (como em Mt. 6:16-18) não deve ser incompreendido, como se a Escritura desencorajasse o jejum. Não pode haver nenhuma dúvida que o jejum não somente é necessário, mas proveitoso, e está no mesmo nível da oração entre os exercícios espirituais aos quais os cristãos são chamados. Contudo, devemos entender que o benefício do jejum não provém de ficar sem comida por um período de tempo, mas da auto-negação que é parte do jejum. Jejuamos com o objetivo de negar a carne, e nos entregar totalmente às coisas espirituais. Uma barriga vazia em si mesma não é uma bênção, mas se torna uma bênção e uma ajuda, quando nosso sofrimento de fome nos lembra que devemos, acima de tudo, ter fome e sede de justiça (Mt. 5:6) – que não podemos viver somente de pão, mas devemos viver de toda palavra que sai da boca de Deus (Mt. 4:4). Que Deus possa nos dar graça para não negligenciarmos esse importante exercício espiritual. Que atentemos ao mandamento para se voltar ao Senhor "com jejum" (Joel 2:12).

Um comentário:

  1. Paz no Senhor minha amada! Gostei da sua postagem, foi bem explicada. Pegarei sua imagem emprestado para eu colocar no meu blog, pois também falo sobre jejum. dê uma olhada, vamos manter essa corrente dentro dos blogs proclamando a cristo, pois hora ou outra uma pessoa entra na nossa pagina. Tenho uma visita mensal de 300 pessoas é uma benção pra quem passou 1 ano e ninguém entrava. Deus te abençoe e guarde
    Thiago Bit - São Luis - MA
    WWW.thiagobit.blogspot.com

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